terça-feira, 25 de maio de 2010

Misto Quente



Misto-Quente de tostex. Café-da-manha melhor não há, acompanhado de leite com nescau. Salvação na hora da fominha do meio da tarde, ou na parada durante uma viagem, na estrada. Nesse caso, acompanha ketchup e coca-cola, em garrafa de vidro de preferência. Lanchinho perfeito para qualquer hora do dia, tarde, noite ou madrugada. 
Ah se as lojinhas de posto daqui nos EUA servissem esse sanduiche.. meu dilema na hora do almoço estaria resolvido!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

modernidade e música boa

Outro dia cheguei em casa e o Paulo me chama: -Olha aqui o que eu descobri na TV!
E lá estava ele escutando Lenine, conectado no Lastfm na TV, pelo XBOX.

Aliás, eu estou adorando essas modernidades da banda larguíssima daqui da América. As visitas à locadora são muito raras, recebemos os filmes mais novos pelo correio e temos o on demand do Netflix no console do videogame. Adoramos passar os domingos vendo um monte de documentários e aqueles "filmes densos iranianos" ou comédias românticas francesas, do tipo das que passam no Espaço Unibanco...

Mas voltando às descobertas, no Last FM na TV, eu achei a interface bem interativa, ele te traz sugestões de artistas do mesmo estilo, e pelas recomendações, encontrei novidades boníssimas. Na verdade depois dando uma googada, vi que são novidade pra mim, mas acredito que o povo que mora na terra brasilis deve conhecer, afinal tem a cara do repertório da Rádio Eldorado.

A Tiê paulistana, um som moderno, ela tem uma musica meio em em francês, que na primeira vez que ouvi, eu jurava ser a Camille, uma francesinha que eu adoro, a Tiê estudou musica em NY, foi tocar com o Toquinho e laçou o seu primeiro CD tb.

Lá na TV também estava o Sambasonics, que me transportou instantaneamente para o Grazie a Dio, era lá que eu e a Mifa íamos recarregar aos domingos pra semana que começava.

"Vai melancolia, vai vai
eu quero alegria, vem, vem
dentro do meu coração!"

Conheci também o Ludov, me chamou a atenção porque a vocalista é uma menina da minha época da ESPM.

Mas a que mais me pegou, foi a Ana Cañas, que tem um MPB ajazzado que dá vontade de ficar ouvindo por horas. Ela fez escola de arte na USP e antes de gravar o primeiro CD tocava no Baretto, o bar chiquetoso do Hotel Fasano no Rio. (Uma das suas músicas, "Esconderijo"estava na trilha da novela Viver a Vida, aquela musica lentinha que era tema da Sandra). Gostei tanto que já baixei o primeiro Álbum "Amor e Caus" no itunes e essa é a minha trilha sonora no carro ultimamente.



Esse é o link original da Veja com entrevista e dois videos ótimos da Ana Cañas.

Se vocês, como eu, não conhecem essa gente legal, entrem nos links e explorem!

e viva a sexta-feiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Ótimo findi pra vocês!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sábado Gourmet


Eu sou a fome e o Paulo é a vontade de comer. Juntou os dois, ninguém segura. O olho dele brilha quando conta sobre um prato novo que inventou, ou uma técnica nova que aprendeu, ou sobre a sauce pan que acabou de comprar. Coisas que só quem tem paixão pela culinária entende. E eu não só entendo, como admito, sou bem parecida. Por essas e outras, dividir a cozinha com ele é um prazer sem fim. Principalmente porque ele sabe MUITO e toda vez que dividimos as panelas aprendo horrores.

Dia desses marcamos de cozinhar juntos. O plano era de fazer um menu de seis pratos. Sim. Six courses meal.

Eu cozinho quase todos os dias, mas o menu lá de casa não sai muito do "trivial variado". Leio milhões de blogs de comida e sites de receita que me inspiram muito mas quase não coloco em prática as tantas receitas gourmets do meu arquivo "to do". O Paulo tem e lê muitos livros de culinária. Ultimamente o livro de cabeceira dele é o Cooking do James Peterson. Foi lendo esse livro que ele se animou a estudar mais a fundo as french sauces/molhos franceses. Bechamel, Hollandeise, Béarnaise, etc. Pura tradição e técnica da cozinha mais famosa do mundo, a cuisine francesa.

Ele se inspirou nas sauces para criar o menu do dia.




1st course
Trio de Blini com caviar, salmão e sour cream com shot de vodka Russa.



Ele tadinho, ficou p... ao perceber que tinha esquecido o salmão em casa. A solução foi fazer o repeteco do caviar. Caviar nunca é demais, né?

Blini é uma panquequinha típica usada como "veículo" para degustar o caviar. E a vodka foi servida com gelinhos com lemon e lime zest. Chic?

2nd course
Ceviche de quinoa com aspargos e camarão



O Chef me deu a incumbência de fazer um prato para ser servido depois do blini, eu sugeri algumas receitas e o ceviche foi o escolhido.

A receita é da Sudbrack, um prato leve e saboroso na medida para fazer a transição pro 3rd course.


3rd course
Ovinhos de Codorna a Florentina

Pão torradinho na manteiga clarificada, espinafre, ovo de cordorna pochê com béarnaise sauce rosê.



O prato original, eggs florentine, é feito com torrada de English Muffin, espinafre, ovo normal e hollandeise sauce (e se substituir espinafre por presunto: eggs benedict). Mas a criatividade e brasileirice do Chef transformou o prato fazendo uma alusão ao que nós brasucas conhecemos bem, o "ovinho de codorna com molho rosê". Ovinho pochê, gema molinha, torradinha com manteiga, que acabou virando uma releitura do pão-com-ovo, um abraço em forma de comida.

o processo do pochê

Para fazer a manteiga clarificada basta aquecer a manteiga sem sal em fogo baixo e quando sólidos se formarem no fundo da panela, tirar do fogo e coar. Parece simples mas exige experiência e técnica para saber a hora exata de desligar o fogo. A manteiga normal é composta por água, sólidos de proteína e gordura. Na manteiga clarificada, a água evapora, os sólidos são descartados, o que sobra é 100% gordura. A manteiga clarificada tem aroma de avelã. Dura mais e tem ponto de fusão mais alto que a manteiga normal, ou seja, não queima na hora de fritar. E é o ingrediente base para as french sauces.

manteiga clarificada

Hollandaise sauce é uma emulsão de manteiga clarificada com gema de ovo e é uma "mother sauce"/base de algumas french sauces. Adicionando um elemento ácido (vinagre) e algumas ervas (estragão) e temperos (pimenta do reino e shallots) na hollandaise, se faz uma Béarnaise Sauce. E como o Chef quis dar à sauce amarelada uma corzinha rosê, ele adicionou uma redução de tomate à sua sauce.


4th course
Macarrão Quadrado


A proposta desse jantar foi fazer comidinhas bem gourmet mesmo. Nada de lata ou ingredientes industrializados. O quarto prato foi um macarrão caseiro feito pelo Chef, ragu de filet mignon, abobrinha e Bechamel Sauce (outra das mother-sauces da alta cozinha francesa). Delicado, leve mas cheio de personalidade. Delicioso.


macarrão caseiro

Foi servido com um crisp de parmesão (aquele do post passado).

crisp de parmesão

Ummmm, bom demais!



5th course
Salada de flor de abóbora


A flor de abóbora, depois de limpa e seca, foi passada em um creme feito de água com gás gelada, farinha e fubá (Tempurá de Angu !) e frita. Foi servida entre mixed greens com molho de limão/azeite/mostarda.
O Chef disse que na Itália a salada é servida depois do prato principal, e assim fizemos.

6th course
Suflê de goiabada com calda quente de queijo


Deixamos pra decidir a sobremesa na ultima hora. O Chef tinha pensado em usar a sorveteira e fazer um sorbet de limão recheado com frutas vermelhas e geleia de rosas, mas não deu DESSA VEZ, fica pra próxima. Abri a geladeira e vi goiabada e queijo. Mas c'amon, o propósito do dia era comidinhas gourmet... então o Chef deu a solução. Suflê de Goiabada com Calda quente de queijo, receita da Carlota.
Goiabada derretida e clara em neve são os únicos ingredientes do suflê. O segredo para que o suflê cresça e fique leve é a temperatura estável e humidade uniforme na hora de assar, que o Chef atinge assando em forno semi-aberto.
A receita da calda de queijo pedia catupiry e requeijão. Não tínhamos nenhum dos dois, mas um pedaço de queijo Canastra e uns triângulos de "Laughing Cow". Derretemos o queijo com um pouquinho de leite, desesperamos porque o trem coagulou todo, o Chef mandou trocar a colher de pau pelo fuêt e continuar mexendo até que o creme ficou uniforme e lindo. Adicionamos creme de leite fresco e deixamos encorpar em fogo baixo.
Esse queijo quente em cima do suflê de goiabada.. meodeos, delicia!

Depois de degustar cada prato, escutamos as críticas sinceras e os elogios dos amigos e ficamos com a certeza de que no próximo jantar a nossa performance seria ainda melhor.

E foi assim o nosso sábado gourmet. O brinde de sparkling shiraz foi à comida excelente, companhias agradáveis, e ao começo de uma série de novas experiências que estão por vir (né sócia?). Cheers!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mandioca Chic

Toda vez que vamos ao farmer's market, na sacola, vêm sempre umas mandiocas, tem coisa mais gostosa, que mandioca cozida com manteiga? E frita? Yammy, não dá pra resistir.

As beldades já estavam pela casa por mais de uma semana e vendo o que tinha na geladeira o Paulo teve a inspiração!

Esse é um prato simples, baba pra fazer, mas fica com uma cara sofisticada e o melhor, é uma delicia!

O que vai:

300 g de mandioca
200 g de cogumelos portobelo
1/2 cebola cortada em tiras finas
1 pedaço de 100g queijo parmigiano reggiano
Azeite de Oliva
Ervas à gosto
Sal e pimenta
manteiga

Descasque, limpe a mandioca, cozinhe na panela de pressão de 15 a 20 minutos, depois que ela pegar a pressão. Se você tiver sorte de morar perto de um mercado, que venda ela prontinha, congelada, go for it! Reserve.

Quando for limpar os cogumelos, lembre que eles absorvem muita água, então passe rapidamente embaixo da água e seque bem com papel toalha, corte os cogumelos em tiras. Numa frigideira, adicione metade do cogumelo, ligue o fogo e espere esquentar, salteie e coloque o restante dos cogumelos. Adicione o azeite, a cebola e tempere com as ervas da sua preferência, usamos manjerona, pimenta malagueta seca (tipo a do Pizza Hut).



Rale o queijo em ralo grosso, numa assadeira de tefflon, faça uma camada com o queijo. Ligue o broil do forno, aquela opção de gratinar, coloque a assadeira no forno, fique de olho, ele vai começar a derreter, borbulhar e depois de mais ou menos 3 minutos, deve estar no ponto, depende muito de cada forno. Tire do forno e deixe esfriar. Com um espátula fina, solte o parmesão da assadeira, com muito cuidado, para não quebrar muito.

Para a apresentação chic, num prato faça uma cama de cogumelos, coloque sobre os cogumelos a mandioca, sobre a mandioca ajeite um quadradinho de manteiga e tempere com umas pitadas de flor de sal. Use a crosta de parmesão para decorar. Eita decoração gostosa, quem fizer, vai comprovar...



Bom Apetite!


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Flor de Sal



"Flor de Sal" é considerado o caviar do mundo marinho, um dos tesouros da gastronomia francesa.Trata-se da primeira camada, a mais fina, que fica cristalizada na superfície das salinas depois que se forma o sal. Nasce como espuma e é coletada com a mão, de tão delicada. A Flor de Sal tradicional é a retirada das salinas da região de Guérande na França. Existe também um tipo da região de Algarve em Portugal que é considerada uma das melhores. Os brasileiros ainda estão se familiarizando com esse sal. Por ser um sal puro, não contém iodo e não é bem visto pela Anvisa, que chegou a bani-lo do comércio para a revolta dos Chefs brasileiros.
Suas propriedades mudam com o calor, portanto ele é um condimento especial para finalizar pratos - não deve ser usado durante o processo de cozimento. Possui grãos irregulares, textura crocante e realça o sabor dos alimentos.  Mas cuidado - vicia!
Aqui nos EUA eu costumo comprar no Whole Foods ou na loja da Williams-Sonoma (a sócia compra na Alon's Bakery) e custa por volta de $14 o potinho. Hoje fiquei supresa ao encontrar o sal na loja TJMaxx, por $7.99. Pode parecer caro, mas o potinho dura bastante. Sua saladinha nunca mais será a mesma, experimente!


sábado, 15 de maio de 2010

Danmark

A Flavia Maia é minha amiga de infância, tivemos destinos parecido, nós duas seguimos o nosso amor até o outro lado do mundo... A Flavia foi pra Dinamarca! Sortuda, está conhecendo a Europa de cabo a rabo e pra nossa sorte, ela concordou em contar aqui no Tempurá de Angu um pouco do que tem conhecido pelo velho mundo. E a nossa primeira viagem é para a Dinamarca, atual home sweet home do casal. Mas antes ela conta um pouquinho da nossa históriam, deu uma saudade...
Flá, o teclado é todo seu.

"Minha história com a Dani começa em 1989 (acho... procurei no Google quando foi a mais longa greve dos professores no estado de SP e a resposta foi essa, 1989: 80 dias!), mas poderia ter começado bem antes!Na verdade, se eu não estou enganada, foi meu pai quem fez o parto da Dani lá em Registro!! Eu nasci um ano depois... mas a gente só foi se conhecer e descobrir esse "começo" em 89 e graças aos professores em greve!

Por causa da tal greve a Dani foi parar na escola onde eu estudava, e creio que nos demos bem logo de cara. Eu até decorei como se soletra o sobrenome dela, de tanto que ela tinha que falar para os professores: esse, cá, u, erre, cê, zê, ê, ene, esse, cá, i!! Em julho de 90 eu mudei de Registro e nós nos correspondíamos acho que meio que freqüentemente!! Nós fomos a um acampamento juntas (Rancho!), esteve no meu aniversário de 15 anos... E depois acho que só fomos nos ver de novo já na faculdade! Mas sempre que a gente se vê, parece que não ficamos tanto tempo longe! E olha que tem bastante tempo que não nos vemos...
Por coincidência casamos no mesmo ano, com apenas um mês de diferença e mudamos de país mais ou menos na mesma época! E aí "recomeçamos" a nos falar com mais frequência! Ai que bom!!!
Eu estou morando na Dinamarca há 3 anos... nesse tempo já viajamos bastante pela Europa, tantos lugares lindos e que eu nunca pensei que fosse conhecer, apesar da imensa vontade! Mas aqui estamos, eu e meu marido curtindo esse país e a possibilidade de conhecer outras culturas, outros países e muuuuuitas pessoas!!
Minha primeira cidade européia foi Copenhagen, pois meu vôo chegou lá em uma sexta-feira e resolvemos que ficaríamos lá no fim de semana! A cidade é uma graça, uma arquitetura incrível e tão completamente diferente das cidades brasileiras. Eu fiquei embasbacada logo de cara! Já o meu marido não gosta... ele diz que não tem nada para fazer, que é chata! É que a gente tem que ter em mente que se está na Dinamarca. Copenhagen tem pouco mais de 1 milhão de habitantes, o que pra gente não é assim uma cidade tão grande, mas é a maior do país! Então não dá para querer muito, além de ter uma cultura bem diferente da brasileira.

Prefeitura de Copenhagen

Tem alguns lugares que são meus favoritos... O Ny Carlsberg Glyptotek é um museu fundado pelo dono da cervejaria Carlsberg e é simplesmente liiiindo!! Com o jardim interno, as coleções de arte romana, grega, egípcia... Não podia ter lugar mais perfeito para mim! Aliás, foi lá que eu descobri a origem do meu nome!! Flavia Domitilia, filha do Imperador Vespasiano! Achei o máximo!!

 o museu

Por falar em Carlsbeg, uma visita à cervejaria também é uma boa pedida! Tem um museu, uma mega coleção de garrafas de cerveja e no fim do passeio ainda se pode experimentar 2 ou 3 cervejas da casa!! Ah, e tem a lojinha, claro!! Que não é cara... e nada melhor do que uma cerveja que não é assim tão conhecida para ter uns suvenires, né?! (eu tenho copos, garrafas, abridores, bandejas...!)


Nyhavn (canal novo)

O Nyhavn (canal novo) também é muito bonito! As casas antigas foram reformadas e abrigam restaurantes e lojinhas... No verão as mesas ocupam as calçadas e o lugar "ferve"! Tem até gente que se aventura a cair no mar... Um pouco de exagero, porquê o calor aqui não fica tão intenso!


Andar pela cidade é perceber o quão civilizadas as pessoas podem ser! As bicicletas nas ruas são muitas, e super se entendem com os carros e ônibus! Todos respeitam os sinais e sempre dão preferência para os pedestres.


Palácio da Rainha, visto do mar

O palácio da rainha não é nada suntuoso se compararmos com Buckingham, por exemplo. Mas é assim que eles são: nada de muito exibicionismo, grandiosidade e tal. Eles são "gente como a gente"! É engraçado ver a rainha sendo entrevistada, o repórter a chama só de "rainha", sem ter que falar "majestade" ou sei lá o quê que! E aqui é tudo mais ou menos assim, não há pessoas muuuuuuito pobres, os ricos não ficam esbanjando... Uma sociedade mais igualitária, sem tantas diferenças. Não acho que eles sejam perfeitos, longe de mim, mas é que são tão diferentes que não dá para tentar comparar e elogiar o que tem que ser elogiado.

Voltando aos lugares...
Vale a pena fazer o tour de barco que sai do Nyhavn, não tem em português (ou não tinha...), mas tem em inglês, espanhol, italiano e outras línguas.

Nyhavn

O bom é que dá para ver a cidade do mar, a a Ópera, a Pequena Sereia... Aproveitar se o dia estiver ensolarado! Se estiver frio... Não aconselho, aqui venta demais!!!


 Den lille havfrue, a Pequena Sereia

Operaen, Opera House

As fotos são na maioria de 2008, no começo do verão. Esse foi um ano bom, o calor chegou logo no fim de abril... Bem diferente de 2010!!


Estando em Copenhagen vale a pena ir até Helsingør, onde fica o castelo Kronborg, o famoso castelo do Hamlet! É facinho chegar lá, os trens saem frequentemente da estação central e em 45 minutos se chega em Helsingør. Daí é só andar um pouquinho ou pegar um ônibus e pronto: o castelo! É beeeeem legal! Mas também não é nada como Versailles...
 

Kronborg, Castelo do Hamlet

É mais um castelo medieval, sem tanto rebuscamento, mas lindo lindo! E a paisagem?! A praia logo ali... a Suécia do outro lado... o lago com os cisnes... Dá para fazer um tour e aprender um pouco sobre a história do castelo, incêndios, invasões e tal.





Holger
Não se pode deixar de ver a estátua do Holger, o dinamarquês. Dizem que se o país estiver em grande perigo, ele vai se levantar e salvar o dia!
Bom, já vi que escrevi demais! Última dica: não se assustem com a língua! É difícil, impronunciável e tal, mas normalmente as pessoas sabem inglês e ajudam numa boa.
Dani, obrigada por abrir o espaço pra mim!! E claro, se precisar de alguma dica, um help... é só gritar!!
Beijos!"

Flavia, Mange tak!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Chef Rogerio Martins


Depois de ter tido filho e criado gosto pelo cozinhar em casa, as idas a restaurantes se tornaram cada vez mais raras. Quando dá aquela preguiça de ir pra cozinha, optamos pelos restaurantes da vizinhança, que aliás, os de downtown Norcross onde moro, são muito bons e importante - kids friendly. Sábado passado o filhote foi dormir na casa da madrinha e aproveitamos pra sair pra jantar. A noite a sós pedia um lugar mais special. Atlanta tem restaurantes divinos, vários dos quais ainda preciso conhecer, mas não estávamos a fim de dirigir até lá.

Recentemente fiquei sabendo que um conhecido meu se tornou Chef de Cozinha e que estava trabalhando no restaurante Sia's, em Duluth. Decidimos ir jantar lá, para conhecer o seu trabalho. Já tínhamos ido ao Sia's no ano passado, conhecíamos a atmosfera do lugar. É um restaurante bem bonito, com uma luz aconchegante e musiquinha ambiente na medida certa para uma "date night". O dono, Sia, circula de mesa em mesa se apresentando aos clientes. Uma simpatia.


Segundo a descrição do site, o Sia's é um restaurante de Modern American Cuisine com ênfase em ingredientes de qualidade, orgânicos e slow cooked.

O serviço foi eficiente, o jantar excelente. Mas ficamos impressionados mesmo foi com o carinho, delicadeza e atenção com que o Chef nos recebeu. Ele veio até a nossa mesa duas vezes. Uma no começo para nos cumprimentar e no final para saber como tinha sido a experiência.
Apresentando, Chef Rogério Martins.


O Rogerinho (para os íntimos hehe), nos fez algumas surpresas naquela noite. Nos mandou de cortesia, uma entradinha deliciosa. Espetinho de filet com veggies e Lemon crab cream cheese fritters com red chile syrup (um bolinho frito de carangueijo com cream cheese e calda de pimenta). A carninha estava ótima, no ponto, suculenta e macia. Agora, os fritters, yumm... estavam crocantes e divinos. A calda de pimenta, uma coisa meio doce, meio apimentada, e totamente deliciosa. O sabor não sai da minha cabeça.


O meu prato principal foi um Ginger Glazed All Natural Scottish Salmon with Organic Quinoa, Vegetables e Citrus Sauce. Eu aproveito pra comer peixe em restaurante, já que o marido não é fã. Esse salmão veio com um molho de gengibre e estava bem gostoso e a quinoa (vcs já ouviram falar da quinoa? É um grão super nutritivo, riquíssimo em proteína) super saborosa. Tudo natural e orgânico. O Mike pediu um Shoulder tenderloin e crusty fried shrimp com asparugus e whipped potatoes. Ele adorou e eu também provei o prato dele e confirmo, tava ótimo mesmo!


E para fechar com chave de ouro cravejada com brilhantes, a melhor sobremesa dos últimos tempos. Confesso que quase nunca peço sobremesa em restaurantes, não sou a louca por doces e normalmente o prato principal somente já me satisfaz. Mas depois que provei dessa obra de arte do Chef Rogerio, confesso que vou rever meus conceitos e explorar mais a parte de desserts dos menus.


A Panna Cotta com frutas frescas vermelhas com red berries syrup estava maravilhosa para os olhos e para o paladar. A parte branca de sabor suave e consistente combinou perfeitamente com a caldinha vermelha azedinha-doce das frutas. E como se ainda não bastasse o Chef nos manda junto um shot de licor de chocolate.


Parabéns Chef Rogerinho, que orgulho ver um chef brasileiro brilhando aqui nos EUA !

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sparkling Red Wine

Não, não é rosé, é red, suuuper red.

Num jantar aqui em casa, um querido amigo, que tem sempre uma novidades na manga, trouxe uma garrafa de Sparkling Shiraz, ou Syrah, como dizem os franceses. Sim, aquele vinho encorpadão e complexo, com bolhinhas! Eu apaixonei...
Ele não é super seco, é até levemente adocicado. Eu infelizmente eu não tenho nem o conhecimento do vocabulário para expressar as qualidades do danado.
Aliás , li pela internet que ele é mal visto pelos entendidos do assunto, que não é cool. Mas eu sinceramente não ligo e se deixar, mato uma garrafa sozinha.

Os Australianos são os maiores, senão os únicos produtores dessa delícia. É meio difícil de achar, mas garanto que a sua procura vai ser recompensada.



O Paringa, do Sul da Australia, é uma compra certeira, que por aqui tem um preço mais que bom, 14 doletas.
Se aventure e vá a caça de um sparkling shiraz pra chamar de seu.

Cheers!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Panela de pedra

Vamos falar muito sobre comidinha mineira ainda aqui no blog. Mas antes de colocar receitas vou falar sobre um item importantíssimo na culinária de Minas. A panela de pedra.

A panela de pedra sabão é durável, não possui cheiro e não altera o sabor dos alimentos. Bonita, pode ir do fogão direto pra mesa. E o mais importante, se mantém quente por bastante tempo depois de retirada do fogo. Não sei dizer a explicação cientifica das vantagens do material, mas para fazer uma autêntica comida mineira, o uso dessa panela é obrigatório.

Essa lojinha fica na estrada entre BH e Ouro Preto, na cidadezinha de Cachoeira do Campo. Famosa pelo artesanato em pedra-sabão.

O dono é quem fabrica e vende as panelas. Um senhor simpático que nos mostrou toda a loja e seu atelier.

Toda panela vem com um papelzinho com as instruções de uso. E é muito importante fazer a cura da panela antes de usar. A cura pode ser feita colocando a panela nova untada de óleo (por dentro e por fora) e cheia d'água no forno médio (180°C) por 2 horas. Ou se preferir pode levar ao fogo e deixar a água ferver por 30 a 40 minutos. Repetir a operação mais uma vez. Depois disto, sua panela estará pronta pro frango com quiabo, pra verdurinha refogada, pra canjiquinha, pro feijão ou o que quiser cozinhar.


Se você estiver nos EUA e não tiver uma panela de pedra para suas aventuras culinárias, uma LeCreuset substitui bem. Mas numa proxima ida ao Brasil ou quando tiver um portador pra trazer, vale a pena o investimento.

domingo, 9 de maio de 2010

Dia do Agradecimento

Hoje não é só o dia das mães, mas sim o dia Mundial do Agradecimento.

E eu agradeço a minha mãe, Dona Marisa, essa japinha, o que não tem de tamanho, tem de generosidade e bom senso.
Obrigada pelas suas horas de sono, quando eu ainda era um bebezinho.
Obrigada pela minha educação.
Obrigada por não me colocar medos.
Obrigada por me deixar ver as coisas por mim mesma, e ter o meu julgamento.
Obrigada por me por me fazer uma mulher independente e segura de si.
E claro, obrigada por pagar as minhas contas :-)".

Esse ano mandei esse cartão fofo pra ela...



E eu sempre escrevo: "Quando eu crescer, quero ser igual a você!"

E pra terminar os meus agradecimentos, quero agradecer uma mamãe que já se foi, a mulher que trouxe para a esse mundo, educou e deu muito amor ao homem que eu escolhi para ser o papai dos meus filhos. Eu sempre escrevia nos cartões para ela, “feche os olhos e sinta o nosso abraço apertado”. Agora somos nós que fechamos os olhos e sentimos o seu abraço acolhedor. Dona Ide, Obrigada :-).

Ahhhm, eu me derreto toda quando o Nico chama a Mona de mamãe... Sócia, Feliz dia das Mamães!

Feliz dia das Mamães para todas as mulheres que acompanham o nosso Tempurá de Angu. As que já são mães e as que ainda serão.

Feliz dia das Mães!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Pão de Queijo dos Willig

Como diz a sócia, pão de queijo é comfort food para qualquer brasileiro. E o cheese bread faz mega sucesso entre os americanos também, é por isso que todo mundo já pensou em abrir uma franquia pra vender pão de queijo por aqui.

O meu preferido foi sempre o da Casa do Pão de Queijo. De manhã, acompanhado de um cafezinho Illy e de tarde, recheado com doce de leite. Jaca, jaca!
Como aqui não tem Casa do Pão de Queijo, o sevirex é a ordem - se quiser comer, tem que fazer... Então nas visitas ao mercado brasileiro, não pode faltar além do Guaraná Antactica, um pacote de polvilho doce e um de polvilho azedo.
A receita daqui de casa é de um livro que a minha mãe me deu faz um tempão.
É uma coletânea de receitas das donas de casa lá de Registro, o dinheiro arrecadado com a venda dos livros vai para uma creche da cidade. Tem de um tudo no livro, e as receitas são daquelas receitas de tia, sabe? Onde elas colocam: um copo de requeijão de fubá, 1 pacote de sococo e assim vai...

Ingredientes:

1 xícara de leite frio
1/3 xícara de óleo de soja
1 ovo
1 xícara de polvilho doce
1 xícara de polvilho azedo
2 xícaras de queijo parmesão ralado
Sal


Primeiro, ligue o forno a 350F (175C) e deixe esquentar.

Numa tigela, misture todos os líquidos - o leite, o óleo e e ovo.
Vá adicionando aos poucos o polvilho, o parmesão e o sal, é eu avisei, não tem medida, e em casa na verdade nem colocamos, mas se vc quiser colocar uma pitadinha, fique á vontade.

Se tiver animação suficiente, nada como um queijo ralado na hora, mas se não tiver tempo, o clássico Teixeira ou o Faixa Azul funcionam bem... Aqui em casa a visita entra na lida e rala o queijo, as mãos habilidosas aí na fotinho são do Jason, marido da Fê.














Continue mexendo até conseguir uma massa lisa.


Ah, não esqueça de reservar um pouco do queijo para jogar em cima, pra dar um charme.

Aqui em casa usamos uma forma de cupcakes, super prática, já tem tefflon, não precisa nem untar. Dá também pra usar forminhas de empada, nesse caso eu recomendaria untar ou colocar aquela forminha de papel manteiga, para evitar o stress.

Despeje a massa nas forminhas, deixe um espaçinho na borda, porque ele cresce bastante. Na foto não está né, I know... Faça o que eu digo, não faca o que eu faço... Jogue por cima o queijo ralado que você reservou.
















Coloque para assar por 35 minutos.
Lembre, não abra o forno, em hipótese nenhuma, senão os pãozinhos viram uma sola de sapato.
















Se ele estiver corado, é porque está pronto. O queijo ralado em cima fica lindinho.


















Acompanhado de um bom espresso, uma manteiga da boa ou um requeijão, quem resiste?

Basnoitiproceis ;-)